domingo, 22 de abril de 2012

Política


BANDEIRAS. MOVIMENTO TAMBÉM QUER 10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO E VOTO ABERTO PARLAMENTAR









Betinenses usam Dia do Basta para exigir saúde e paz
Mobilização popular, que tomou conta das redes sociais, terá manifestações em todo o país, neste sábado (21); Betim participa do protesto nesta sexta

DA REDAÇÃO
politica@otempobetim.com.br


Um movimento de iniciativa popular contra a corrupção, que já agregou milhares de pessoas em todo o país, também já foi aderido por betinenses. O "Dia do Basta", que ganhará as ruas de 42 cidades brasileiras, neste sábado (21), também será abraçado pelo município, porém nesta sexta-feira (20), quando diversos moradores percorrerão pontos da cidade para protestar, segundo eles, contra a violência, o caos na saúde e a falta de investimentos em educação e infraestrutura.


Nascido e muito repercutido nas redes sociais, o "Dia do Basta" reivindica o fim do voto secreto no Poder Legislativo, a extinção do foro privilegiado para as autoridades e a classificação de crimes contra o patrimônio público como hediondos. O movimento também pede a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) à educação. Segundo os organizadores do movimento, cerca de 900 mil pessoas devem participar dos protestos em todo o país.


"O dinheiro desviado hoje, que, segundo estudos, se aproxima dos R$ 100 bilhões por ano, poderia mudar a cara do país, resolvendo todos os nossos problemas pontuais em um prazo de dez anos", diz trecho da nota para a imprensa, elaborada pelos organizadores nacionais do "Dia do Basta".


etim
A manifestação no município será realizada nesta sexta-feira, a partir das 16h, na praça Tiradentes, no centro. "De lá, sairemos em passeata pela pista de caminhada (av. Edmeia Lazzarotti) até o Hospital Regional", explicou um dos organizadores do "Dia do Basta" em Betim, Jhony Wilker.



"Optamos por fazer um dia antes das outras cidades para conseguirmos chamar a atenção do maior número possível de pessoas para a causa, já que sábado é feriado e muita gente pode estar fora", acrescentou.


"Será uma mobilização pacífica e sem qualquer participação de partidos ou lideranças políticas. O objetivo é alertar a sociedade para o fato de que a corrupção e a má administração de recursos por parte de nossos governantes são o que provoca o caos na saúde, a falta de segurança e os baixos investimentos em educação e infraestrutura. É a hora de exigir saúde e paz", ressaltou Silas Rosário, que também organiza o "Dia do Basta".
Além da passeata, o protesto contará com um ato simbólico. 


"Vamos colocar cruzes na praça Tiradentes para simbolizar os 738 homicídios que a cidade registrou de 2009 a março deste ano. Também vamos vestir blusas pretas para representar o luto. A participação de todos será essencial para mostrar que queremos o dinheiro público revertido em melhorias", disse Rosário.
Questionada sobre as queixas do manifesto, a prefeitura não se pronunciou.


STF é pressionado a julgar mensalão
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão sendo pressionados por vários segmentos da sociedade para julgarem o mensalão, considerado um dos maiores escândalos da história recente do país, mas cujo processo está parado desde 2006.
Em entrevista a um jornal da capital paulista, nesta semana, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou que recebe até 150 e-mails por dia.
Outras iniciativas populares também querem cobrar mais agilidade no julgamento do mensalão. Na próxima quarta-feira (25), será entregue ao ministro Ricardo Lewandoski (que abriu mão de seu mandato no Tribunal Superior Eleitoral para dedicar mais tempo à análise do caso) um abaixo-assinado promovido pelas ONGs Transparência Brasil e Queremos Ética na Política.
Nessa data, representantes das entidades terão uma audiência com o magistrado, quando pretendem, também, entregar uma ampulheta como símbolo da lentidão na apreciação do caso.
O atraso no julgamento do mensalão tem sido marcado por trocas de acusações e cobranças. Na semana passada, Lewandowski bateu boca com o ministro Gilmar Mendes, que cobra do colega, nos veículos de comunicação, o julgamento do processo ainda neste semestre. (Com Cristiano Martins)

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