domingo, 29 de abril de 2012

CPMI: Novas escutas revelam existência de Estado paralelo, diz Rubens Bueno

Foto: Tuca Pinheiro

Bueno: A sociedade não aceita que relatoria seja controlada pelo governo
O deputado defende que a comissão parlamentar de inquérito crie sub-relatorias para apurar a rede de corrupção.

O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), ao comentar as novas revelações de conversas telefônicas entre o  senador Demóstenes Torres (GO) e Carlinhos Cachoeira, disse que as escutas telefônicas, publicadas, neste sábado, nos principais jornais do país,  não deixam dúvidas de que há um esquema criminoso entranhado nos poderes da República. Para ele, as denúncias exigirão da CPMI um trabalho aprofundado para apurar todas ramificações da organização comandada pelo contraventor.
 
Bueno informou que vai reforçar, na próxima reunião da comissão seu pedido para sejam criadas  sub-relatorias com o objetivo de dividir as áreas de investigação da comissão. Ele acredita que sua  proposta deverá receber o apoio dos integrantes do colegiado.

“A CPI vai tratar de um esquema criminoso complexo, que, pelo visto, é um  Estado paralelo, com ramificações em todos os poderes, que atinge não só os jogos ilegais, mas também tráfico de influência, pagamento de propina, superfaturamento de obras federais, estaduais e municipais, além de lavagem de dinheiro e financiamento ilegal de campanhas. Concentrar tudo isso na mão de um único parlamentar é prenúncio de fracasso”, argumentou o parlamentar.

Inicialmente, o parlamentar sugere a criação de quatro sub-relatorias: de Movimentação Financeira, responsável por analisar as quebras de sigilo bancário e fiscal;  de Contratos, que fará uma devassa nos negócios entre as empresas ligadas ao esquema, com a Construtora Delta, e governos federal, estaduais e municipais;  de Jogos Ilegais e Loterias, para esmiuçar o funcionamento do esquema de contravenção e de loterias estaduais comando pelo grupo de Cachoeira; e a de Normas de Combate à Corrupção, que ficará responsável por elaborar sugestões da CPMI para o combate aos crimes de colarinho branco.

Mensalão

Rubens Bueno lembrou que a mesma estratégia foi adotada durante a CPI dos Correios, que iniciou apurando o pagamento de propina na empresa, mas que, ao longo dos trabalhos, revelou o esquema do mensalão, a extensa rede de pagamento de propina a parlamentares da base aliada de apoio ao governo do ex-presidente Lula.

 “A CPI dos Correios teve  resultado porque  teve o bom senso de adotar sub-relatorias. Por causa dela o escândalo do mensalão não passou para a história como ‘piada de salão’ e se transformou em processo do Supremo Tribunal Federal”, afirmou o líder do PPS.

Controle do governo

A divisão dos trabalhos de relatoria, reforçou o parlamentar, ainda pode evitar que todo o funcionamento da CPI fique nas mãos do governo. “Não é bom para a sociedade uma CPI controlada pelo governo, que obviamente tem seus interesses. Com as sub-relatorias, a sociedade ficará mais segura de que a rede de corrupção seria apurada com isenção”, ponderou Bueno. 

sábado, 28 de abril de 2012

COMPARECERAM ESTA SEMANA NO COMPLEXO ESPORTIVO RICARDO MEDIOLI, CELEBRIDADES COMO CARLAILE  PREDROSA NOSSO EX PREFEITO,  SR. MILTINHO PRESIDENTE DO PARTIDO POPULAR SOCIALISTA - PPS BETIM,  JOVENS, CRIANÇAS E OUTROS, PARA RECEBER A SUPERLIGA MASCULINA DE VÔLEI 2011 /2012, SADA BETIM.

 QUE RECENTEMENTE,  REPRESENTOU NOSSA CIDADE NESTA MODALIDADE.
MAS NO MOMENTO QUE ELES CHEGARAM OS PORTÕES 

FORAM FECHADOS, SERÁ POR QUE... EU E VARIAS 

PESSOAS QUE ESTAVAM PRESENTES, NÃO ENTENDEMOS O MOTIVO.


























JOSÉ LUIZ(PPS), CARLAILE PEDROSA, BRUNO (PPS)


EDIVAR(PPS), JOSÉ LUIZ(PPS),
CARLAILE PEDROSA, BRUNO(PPS)




SR. ÉSIO(PPS), CARLAILE PEDROSA, CRISTIANO (PPS)E MILTINHO (PRESIDENTE DO PPS - BETIM)


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ministro da Justiça pode ser convocado para explicar operações Monte Carlo e Las Vegas

Foto: Saulo Menão

Bueno: Como chefe da PF, ministro tem de esclarecer as operações
Integrante da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga as relações do bicheiro Carlos Cachoeira com políticos e empresários, o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) quer que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vá ao Congresso explicar detalhes e desdobramentos das operações Las Vegas e Monte Carlo, ambas realizadas pela Polícia Federal.

“Até o momento, sabemos destes fatos pela imprensa. O Ministério deve explicações ao Parlamento, já que é responsável pela PF, que desvendou o mega esquema - alvo da CPMI. Acreditamos que há muito mais informação do que aquilo que se viu nas páginas de jornais até o momento”, justifica Bueno, que é o líder do seu partido.

O deputado do PPS preparou um requerimento de convocação que espera ser votado nos próximos dias pela CPMI.

“Sobre a operação Monte Carlo se sabe algo, mas não tudo. Agora, não temos dados nenhum sobre a Las Vegas. O acesso à integra destas duas ações é muito importante para a condução dos trabalhos da Comissão”, acrescentou Rubens Bueno.

A operação Las Vegas foi realizada em 2009. Já a Monte Carlo, que resultou na prisão do bicheiro Carlos Cachoeira, ocorreu no dia 29 de fevereiro deste ano. Até o momento, todas as investidas de deputados e senadores para obter junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a íntegra destes inquéritos foram infrutíferas. 
GOVERNO E SOCIEDADE
POLÍTICA MUNICIPAL DE DIREITOS HUMANOS

(Publicado originalmente como DICAS nº 102 em 1998)

As prefeituras têm um papel fundamental na garantia dos direitos humanos, promovendo ações que envolvam a comunidade local e o Legislativo.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada em 1948, é o marco histórico para a compreensão dos direitos humanos deste final de século. Os direitos declarados neste documento têm sido a fonte universal de defesa de toda pessoa humana. Nas ultimas décadas, houve uma valorização dos direitos humanos como referência mundial, o que se pode constatar pela adesão da maioria dos países, entre os quais o Brasil, ao sistema internacional de proteção dos direitos humanos.

A comunidade internacional tem reconhecido e ressaltado cada vez mais, num processo de globalização, o papel do poder local como sendo estratégico para o desenvolvimento de ações que resultem num efetivo respeito aos direitos da pessoa humana. No caso brasileiro, o Município, em razão de suas atribuições como membro da Federação Brasileira, tem a obrigação de implementar uma política municipal de direitos humanos.

EDUCAÇÃO
O Município pode desenvolver programas de formação de agentes e monitores em direitos humanos envolvendo servidores, professores, profissionais de nível superior, categorias de trabalhadores da região, lideranças comunitárias, visando capacitá-los como monitores e agentes formadores de novos agentes nas comunidades. Estes programas podem ser desenvolvidos em parceria com as Universidades e Faculdades da região do Município.

Além disso, pode introduzir noções de direitos humanos no currículo escolar do ensino de primeiro grau, abordando temas transversais como cidadania, cultura, meio ambiente, política, família. E promover cursos de capacitação para os professores da rede de ensino municipal, para ministrar disciplinas ou desenvolver programas interdisciplinares na área de direitos humanos, junto com organizações não-governamentais.

COMUNICAÇÃO
A utilização dos meios de comunicação é essencial para que a população  fique informada sobre os seus direitos. O Município, com base na lei federal 8.977/95 que disciplina o uso de TV a Cabo, pode criar uma TV Comunitária, ou uma TV Pública (#ver Dicas nº 64), para estimular a comunidade a desenvolver cursos, seminários, debates, fóruns, concursos, eventos culturais (teatro, música, dança) voltados para a educação em direitos humanos.

Outro instrumento fundamental é o radio. Cabe ao Poder Publico incentivar a constituição de rádios comunitárias e públicas, e utilizar horários das rádios particulares (cuja concessão é pública) para programas educativos sobre os direitos da pessoa humana.

Também a informática pode ser aproveitada para programas e projetos de divulgação para a população sobre seus direitos. A destinação de computadores para uso da comunidade é o primeiro passo. Pode-se, por exemplo, utilizando-se a rede de computadores que está sendo implantada nas escolas públicas pelo MEC - Ministério da Educação, favorecer o acesso da comunidade às informações disponíveis na Internet e a utilização de cd-roms.

SERVIÇOS E ÓRGÃOS
Ouvidoria Pública : Sua finalidade é promover a defesa dos interesses e direitos dos cidadãos. O papel do Ouvidor é estabelecer um canal de comunicação direta entre os cidadãos e o Poder Público local. A Ouvidoria Pública deve ter competência para receber reclamações, denúncias, representações de violação dos direitos humanos praticadas pelos membros do Poder Público, tais como: práticas de discriminação na prestação de serviços públicos, atos de abuso de poder, atos de corrupção, ações causadoras de danos patrimoniais e morais, etc.

A Ouvidoria deve ter competência também para requisitar informações e processos junto aos órgãos públicos, verificar a pertinência de denúncias, reclamações e representações, bem como solicitar aos órgãos públicos competentes a instauração de sindicâncias, inquéritos, auditorias e demais medidas para apuração das responsabilidades administrativas.

Nos municípios onde ainda não houver Ouvidoria Pública, ela deve ser criada por lei, estabelecendo as competências do órgão, as funções, o mandato, a forma e os critérios de escolha do Ouvidor.

Serviço de Assistência Jurídica: A Constituição Brasileira, ao tratar dos direitos fundamentais, estabelece que todos têm o direito de acesso à Justiça, sendo o Estado obrigado a prestar assistência jurídica integral e gratuita. Este serviço deve ser prestado pela União e Estados através da Defensoria Pública – instituição responsável para prestar orientação jurídica e defesa em todos os graus aos necessitados. O Município também pode manter um serviço de assistência jurídica.

Este serviço deve ser criado por lei municipal, podendo ser prestado por um órgão específico vinculado à Administração Municipal, ou mediante convênios com organizações não-governamentais constituídas para este fim. O serviço deve desenvolver atividades extra-judiciais de orientação, requisição de documentos básicos para a população carente, atividades judiciais na promoção e defesa de direitos, bem como na mediação de conflitos coletivos.

Como o serviço é destinado à população necessitada, os problemas sociais que surgem devem ser enfrentados por uma equipe técnica interdisciplinar formada não somente por advogados, mas também por assistentes sociais, psicólogos, sociólogos, educadores, arquitetos.
O serviço de assistência jurídica deve ser descentralizado, através de núcleos de defesa da cidadania, localizados nos bairros onde vivem as comunidades carentes, e prestado de forma integrada com os demais órgãos públicos, programas e projetos sociais do Município, como por exemplo na urbanização e regularização fundiária de favelas e loteamentos populares.

Serviço de Defesa do Consumidor: O consumidor é toda pessoa que adquire e utiliza produto ou serviço como destinatário final. Isso significa que o cidadão usuário dos serviços públicos é considerado consumidor e deve ser protegido pelo Estado nas relações de consumo. De acordo com o Código do Consumidor, o Município tem a obrigação de manter órgãos de atendimento gratuito para orientação dos consumidores. Para isso, deve criar um serviço de defesa do consumidor, podendo constituir um 

Procon Municipal, ou celebrar convênios com as instituições estaduais responsáveis para fins de propositura de ações individuais, coletivas e ações civis públicas.

O Serviço Municipal de Defesa do Consumidor tem como objetivos: buscar o equilíbrio entre consumidores, produtores e fornecedores de serviços nas relações de consumo; educar e informar fornecedores e consumidores quanto aos seus direitos e deveres; controlar a qualidade e a segurança de produtos e serviços; coibir e punir os abusos praticados no mercado de consumo.

Conselhos de Proteção dos Direitos Humanos: A criação de um Conselho Municipal de Proteção dos Direitos Humanos é uma medida voltada a garantir uma esfera pública com representantes da comunidade local e dos órgãos governamentais que monitore o impacto das políticas públicas na proteção e efetivação dos direitos humanos, e também que investigue as violações de direitos humanos no território municipal.

O Conselho deve ser criado por lei municipal e, para o exercício de suas  atribuições, não pode ficar sujeito a qualquer subordinação hierárquica.

Entre as competências deste Conselho devem ser estabelecidas as seguintes: pesquisar, estudar e propor soluções para os problemas referentes ao cumprimento dos direitos humanos; receber e encaminhar aos órgãos competentes, denúncias, reclamações, representações de qualquer pessoa ou entidade em razão de desrespeito aos direitos humanos; propor às autoridades competentes a instauração de sindicâncias, inquéritos, processos administrativos ou judiciais para a apuração de responsabilidades por violações de direitos humanos; requisitar dos órgãos públicos informações, cópias de documentos, relatórios e processos administrativos referentes à utilização de recursos e prestação de serviços públicos.

Canais de Mediação e Conciliação de Conflitos: O Município deve estimular a criação de esferas públicas como Conselhos, Comitês, Comissões de Cidadania, nas várias regiões da cidade onde os conflitos sociais sejam mais graves, com a participação de representantes da comunidade, de órgãos governamentais, do Ministério Público, do Poder Judiciário, das polícias Civil e Militar, buscando promover processos de mediação e solução pacífica de conflitos coletivos.

COMUNIDADE LOCAL
A comunidade local tem o papel de apresentar alternativas voltadas para a promoção dos direitos da pessoa humana, especialmente no que diz respeito aos direitos econômicos, sociais e culturais. A realização de campanhas de combate à violência e de atividades culturais como concursos e festivais que relacionem a produção cultural local à temática dos direitos humanos são meios para ampliar e fortalecer ações individuais e coletivas de cidadania.

Outra forma de atuação da comunidade é através de ações de solidariedade, desenvolvendo projetos para os grupos sociais carentes, desde a distribuição de alimentos e promoção de programas educacionais, até a criação de empregos e geração de renda com o apoio do setor empresarial e financeiro local.

É fundamental que a comunidade local participe da formulação e implementação das políticas públicas desenvolvidas no Município, avaliando o impacto sobre os direitos das pessoas da comunidade. Essa ação pode ser feita através de um programa de monitoramento com indicadores sociais.

PAPEL DO LEGISLATIVO
Considerando as atribuições das Câmaras Municipais de legislar sobre assuntos de interesse local e de promover a fiscalização sobre os atos da Administração Municipal, a utilização dos recursos públicos e a prestação dos serviços públicos, duas medidas são extremamente importantes:

a) A promoção de uma revisão geral da legislação municipal, revogando normas discriminatórias ainda existentes, bem como eliminando normas criadoras de barreiras ou impedimentos para o pleno exercício dos direitos da pessoa humana, especialmente dos grupos sociais carentes e dos chamados grupos vulneráveis como mulheres, crianças, adolescentes, pessoas deficientes e idosos.

b) A criação de uma Comissão de Direitos Humanos como uma comissão permanente do Legislativo Municipal. Devem ser previstas como competências desta Comissão: receber, avaliar e investigar denúncias relativas a ameaça ou violação de direitos humanos; fiscalizar e acompanhar programas governamentais relativos à proteção dos direitos humanos; colaborar com organizações não-governamentais e internacionais que atuem na defesa dos direitos humanos; promover pesquisas e estudos relativos à situação dos direitos humanos no Município.

PROGRAMA DE DH
Um dos compromissos assumidos pelo Brasil na Conferência das Nações Unidas de Direitos Humanos, realizada em Viena (1993), foi o de constituir um programa brasileiro de direitos humanos que envolvesse ações nacionais, regionais e locais. Um bom começo é a criação de um processo democrático e participativo para a constituição de um programa municipal de direitos humanos.

Neste programa deverão estar explicitadas as metas a serem alcançadas, as medidas e ações necessárias e as obrigações e responsabilidades dos órgãos governamentais, do setor privado e da comunidade local.

O processo de construção do programa municipal de direitos humanos permite assumir compromissos coletivamente entre os indivíduos e as diversas organizações da comunidade local, bem como estabelecer parcerias entre o Estado e a sociedade, criando as condições necessárias para o efetivo cumprimento do programa.

DEBATE
Esta edição do DICAS foi produzida a partir do debate: "Direitos Humanos e Gestão Municipal", realizado em novembro de 1997. O evento foi promovido pelo Instituto Pólis, em parceria com o Instituto de Governo e Cidadania do ABC - Escola de Governo. Como expositores, participaram Marco Antônio Rodrigues Barbosa, da Comissão Justiça e Paz de São Paulo; Nelson Saule Jr., pesquisador do Instituto Pólis e professor da PUC-SP; e Heleni Paiva, vereadora em Santo André.

Como debatedores, estiveram presentes: Edson de Jesus Sardano e Antonio Marques da Silva (PM), Marco Antonio Archangelo (Guarda Municipal de Santo André); Luzia Lippi (SCIAS); Raquel Ferraz (Ama Cidadania); Leonor Duarte (liderança comunitária de Santo André); Ivone de Santana (Instituto de Governo e Cidadania do ABC - Escola de Governo); José Carlos Vaz (Instituto Pólis); Ivete Garcia e Antônio Padre (vereadores em Santo André) Maria Helena J. Carrasqueira (professora); Antônio Carlos Cedenho e Valdecírio Teles Veras (advogados); Ronaldo Queiroz Feitosa Assistência Judiciária da Prefeitura de Santo André) e Luiz Fernando C. B. Vidal (Juiz de Direito).
 Autor: Nelson Saule Jr.


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Aborto de anencéfalos

Partido lança e Luzia será candidata a deputada federal em 2014


Foto: Júlio César
 

Luzia recebeu manifestações de apoio de dezenas de militantes para que em 2014 a dirigente dispute pela primeira vez uma vaga na Câmara dos deputados
A presidente do PPS mineiro completa em 2012 trinta anos desde sua filiação ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), hoje Partido Popular Socialista (PPS). Na época ainda na clandestinidade, o velho Partidão, como era conhecido, recebeu a filiação de dezenas de quadros do MR-8 em todo o país, organização em que Luzia militou na época em que cursava biologia na Universidade Federal de Minas Gerais.

Durante estas três décadas de dedicação ao partido e a todas as causas historicamente por eles defendidas, Luzia foi eleita vereadora em Belo Horizonte por dois mandatos consecutivos, nas eleições de 2004 e 2008, e tornou-se a primeira mulher a presidir a Câmara Municipal (2009-2010). Em razão de viagens oficiais do prefeito e do vice, foi também a primeira mulher a assumir, ainda que interinamente, a Prefeitura de Belo Horizonte.

Eleita em 2010 para seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, Luzia tomou posse como deputada estadual há pouco mais de um ano, e mesmo neste curto período já ganhou reconhecimento por sua atuação militante em nome das transformações que Minas Gerais precisa para se tornar um estado mais justo e igual.

Na última segunda-feira, dia 23, enquanto prestava contas de seu primeiro ano na Assembleia, Luzia recebeu manifestações de apoio de dezenas de militantes para que em 2014 a dirigente dispute uma vaga na Câmara dos deputados. Acostumada a enfrentar desafios em sua vida pública, Luzia aceitou o convite e se colocou a disposição do partido para liderar mais etapa de crescimento do partido no estado. "Hoje vejo que o PPS está preparado para voltar a crescer em Minas, por sua história e principalmente por sua militância. Agradeço o apoio dos companheiros e espero que caminhemos juntos até esta nova vitória", disse.

Entre os mais de cem militantes e mandatários presentes, participaram do encontro o membro da Executiva Nacional do PPS, Juarez Amorim, o secretário estadual de saúde, Antônio Jorge, o prefeito de Ipatinga, Robson Gomes, o secretário-geral do PPS-MG, Paulo Elisiário e o presidente do partido na capital, Geraldo Magela.

Dezenas de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do PPS no interior manifestaram também seu apoio à eleição da presidente do partido no estado. Caso saia vitoriosa em 2014, Luzia será a primeira deputada federal da história do PPS mineiro com atuação política em Belo Horizonte e na região metropolitana.

Nadja Bahia fala sobre Violência contra a mulher em Alagoas



                                 




  Dia do basta JPS-BH





Roberto Freire defende a instalação da CPI para investigar a rede de corrupção do bicheiro Carlos Cachoeira



CPMI do Cachoeira: PPS vai requisitar pessoal da PF, TCU, MPF e AGU


Foto: Tuca Pinheiro


Para Rubens Bueno, CPMI também precisa criar sub-relatorias
O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), afirmou nesta terça-feira que vai sugerir ao presidente da CPMI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que a comissão requisite o apoio de quadros da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, do Tribunal de Contas da União e da Advocacia Geral da União.

“Esse apoio especializado será de fundamental importância para o aperfeiçoamento dos trabalhos da CPMI. Com a aprovação das quebras de sigilo, teremos uma gama enorme de documentos para analisar e o trabalho de funcionários desses órgãos será imprescindível”, ressalta o deputado.

Para Rubens, a requisição de apoio técnico é mais uma iniciativa para se garantir um trabalho isento na CPMI. “Todos nós temos claro a importância do elemento político dentro de uma comissão como essa. Ele é importante, mas o aspecto técnico não pode ser deixado de lado, ainda mais quando se pretende que o relatório da CPMI sirva de base para futuras denúncias do Ministério Público”, ressaltou o parlamentar.

Novo relator e sub-relatorias

O líder do PPS ainda comentou a escolha do deputado Odair Cunha (PT-MG) para o cargo de relator da comissão. “Publicamente ele disse que as investigações serão feitas doa a quem doar. No entanto, fez a ressalva de que CPMI não fará uma investigação que, necessariamente, vá para cima do Palácio do Planalto ou para cima de qualquer membro do governo. Ou seja, é um discurso governista num momento em que, o que precisamos, é de uma postura a favor do Parlamento, que vive um momento histórico para restabelecer o respeito perante a sociedade”, disse Bueno, que avalia que a comissão deve ser centrada na investigação de toda a rede comandada por Cachoeira e não na disputa entre oposição e governo.

Para evitar que a pressão em cima do relator, principalmente a emanada pelo Palácio do Planalto, faça com que a CPI termine “em pizza”, o PPS vai sugerir também a criação de quatro sub-relatorias na CPI. São elas: de Movimentação Financeira, responsável por analisar as quebras de sigilo bancário e fiscal);  de Contratos, que fará uma devassa nos negócios entre as empresas ligadas ao esquema, com a Construtora Delta, e governos federal, estaduais e municipais;  de Jogos Ilegais e Loterias, para esmiuçar o funcionamento do esquema de contravenção e de loterias estaduais comando pelo grupo de Cachoeira; e a de Normas de Combate à Corrupção, que ficará responsável por elaborar sugestões da CPMI para o combate aos crimes de colarinho branco.

Requerimentos

Além disso, o partido já tem prontos 29 requerimentos de convocação e pedidos de quebras de sigilo.
 

domingo, 22 de abril de 2012

Política
DESGASTE. RETALIAÇÕES TERIAM SIDO MOTIVO
Vereadores anunciam racha com o governo
Após conflitos, dois parlamentares declaram, no plenário, que atual gestão não contará mais com o apoio deles
DA REDAÇÃO
politica@otempobetim.com.br

Depois de terem, supostamente, contrariado determinações da prefeita MDC e, consequentemente, perderem benefícios no governo, os vereadores Pãozinho (PV) e Divino Lourenço (PSDB) anunciaram, em reunião da Câmara, na última terça-feira (17), que não apoiam mais a administração da petista.
O anúncio foi feito depois de um fato até então inédito na Casa: a exibição, em telão, de trechos da audiência pública realizada, no dia 2, para debater o salário pago aos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias. "Quis mostrar aqui a parte em que o secretário de Saúde (Pedro Pinto) diz que a prefeita o mandou vestir uma roupa mais simples para negociar com os agentes de saúde. Mas o povo de Betim não é bobo. Não é roupa que engana o povo. Esse governo diz que não pode dar aumento para os agentes, mas dá para os diretores de escolas, cria cargos comissionados para a Guarda Municipal e por aí vai. Sou contra isso. Mas a gente não pode se manifestar contra", afirmou Pãozinho.
"Nesta semana, recebi uma ligação do secretário de Governo (Edson Soró), dispensando o meu apoio à prefeita. Isso é porque eu não estava aqui para votar a favor do projeto que permite o leilão de lotes públicos. É assim, não pode votar contra. São um bando de incompetentes. Por isso a cidade está assim, abandonada. Podem se esquecer de mim. Quando a prefeita acordar, vai ser tarde", declarou Pãozinho.
Divino aproveitou a deixa do colega e revelou que também sofreu retaliações. "Foi marcada uma sessão às pressas, no apagar das luzes do ano passado, para votar o projeto dos lotes públicos, e eu não pude comparecer. Depois disso, pessoas que eu indiquei para trabalhar na prefeitura foram demitidas. Até serviçais, que ganham salário mínimo, foram mandados embora, tendo que ouvir que estavam sendo dispensados porque ‘o Divino não está mais com o governo’. Uma gestão que se diz ‘do povo’ não pode ter uma postura dessa".
Depois dos relatos, outros vereadores também criticaram a postura da atual administração. "O secretário de Governo não tem preparo para assumir a pasta. Essa atitude mostrou que ele não conhece o trabalho do vereador", disse Elizeu Xavier (PTB).
Wagner Rosa (PSC) ressaltou que o mandato ainda não acabou. "Ainda há oito meses de mandato, e teremos votações importantes para fazer. Uma escolha não pode jogar fora três anos de apoio".
Em nota, a prefeitura contestou as declarações de Pãozinho e Divino e alegou manter boas relações com a Câmara.