quinta-feira, 3 de maio de 2012

CPMI do Cachoeira: PPS defende convocação dos governadores Sérgio Cabral, Agnelo e Perillo

Foto: Tuca Pinheiro

Rubens também defende a convocação de Fernando Cavendish, dono da Delta
O líder do PPS, deputado federal Rubens Bueno (PR), defendeu nesta quinta-feira que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira convoque os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) para que esclareçam as relações de seus governos com o contraventor Carlos Augusto Ramos e com a construtora Delta.

“Nossa posição é simples: investigar tudo e todos. Não há porque a CPMI fazer cordão de isolamento para proteger esse ou aquele. Como ocupantes de cargos públicos, Agnelo, Cabral e Perillo precisam se explicar e a CPMI é o local ideal para isso. Essa posição vale também para outros governadores, políticos, ministros e demais autoridades que vierem a ser citadas na investigação”, cobra Bueno, que é membro titular da CPMI.

No plano de trabalho inicial aprovado pela comissão na quarta-feira não há previsão de depoimento dos governadores. No entanto, requerimentos nesse sentido podem ser aprovados nas próximas reuniões. “Vamos defender as convocações. Acredito que os parlamentares que desejam realmente uma investigação para valer não vão se opor a isso. Além dos governadores, também é essencial a CPI ouvir o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta”, ressaltou o líder do PPS.

Gravações feitas pela Polícia Federal e apontam que os integrantes da organização criminosa de Cachoeira tinham acesso a vários escalões dos governos de Goiás e do Distrito Federal. Nas conversas, há elementos que apontam para tráfico de influência, manipulações de contratos, entre outros fatos.

No caso do Rio de Janeiro, chama atenção a influência do presidente da Delta junto a Sérgio Cabral. Na última semana a imprensa vem divulgando uma série de fotos de viagens de confraternização entre o governador, o empresário Cavendish, secretários de governo e familiares. Os dois circularam juntos por Paris e Mônaco. A Delta, que segundo a Polícia Federal irrigava com dinheiro a organização de Cachoeira, é uma das principais prestadoras de serviços do governo do Rio de Janeiro, com contratos que chegam a quase R$ 1 bilhão.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário